A popularidade das startups já não é novidade, o modelo se mostrou altamente rentável aos investidores e favorável a economia local. Ao redor do mundo vemos diversos países, estados e cidades buscando cada vez mais tomar a liderança do seguimento e repetir o modelo apresentado no Vale do Silício. Competições, conferências, demo days, startup weekends e programas de incentivo se tornaram rotineiros.
Tendo isto em mente, vários programas de incentivo ao empreendedorismo nasceram, sendo destaque a iniciativa do governo chileno com o Start-up Chile. O programa, que tem como principal objetivo tornar o Chile o centro latino de empreendedorismo e inovação, oferece a empresas em seu estágio inicial 40 mil dólares de incentivo financeiro, além de local de trabalho e visto de um ano no país para desenvolver o projeto durante 6 meses. O que começou com a escolha de 22 times de 14 países hoje é um grande sucesso, são feitas 3 rodadas de seleção por ano e entra agora em sua oitava, visando selecionar 100 novos times.
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Iniciativas do gênero são encontradas em outros lugares também, oferecendo a oportunidade de visto no país para empreendedores que desejam se estabelecer lá temos o Canadá com o Start-Up Visa Program, além de Hong Kong, com um programa que oferece até 300 mil dólares em benefícios para empresas vencedoras.
Querendo entrar nesta disputa, o governo brasileiro lançou neste ano o Startup Brasil, que funcionará por edições com duração de um ano, já sendo previstas duas edições por ano. Cada edição será composta de três fases: seleção de instituições responsáveis pelo processo de aceleração das startups, a seleção das startups e o processo de aceleração, este último apresentando, por parte das aceleradoras, serviços como mentorias, capacitações, assessoria jurídica, etc. Neste período serão oferecidos as empresas através do CNPq recursos que atingem até 200 mil reais a serem gastos com recursos humanos durante 12 meses, adicionalmente também receberão investimentos financeiros das aceleradoras em troca por um percentual de participação acionária. Atualmente está na terceira fase da primeira edição, a de aceleração das 56 empresas selecionadas, 45 brasileiras e 11 estrangeiras.
O governo mineiro, vendo nascer em seu estado toda uma cultura empreendedora não pode deixar passar a oportunidade, e nos moldes do programa chileno desenvolveu o SEED, Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development, que tem como objetivo acelerar o ecossistema de startups no estado para multiplicar os empreendedores que o transformam. Para isso vai atrair, selecionar e potencializar talentos do mundo todo para desenvolver negócios com alto potencial de crescimento. Selecionando empresas de 2 ou 3 sócios, será oferecido durante seis meses salários de 2 mil reais além de 44 mil reais a título de reembolso de despesas realizadas, o incentivo pode chegar a até R$ 80 mil no total.
Estes programas já são um começo para o crescimento do setor no país, porém, ainda há muito que aperfeiçoar. A maioria dos jovens que pretendem abrir seu próprio negócio acabam barrados pela falta de capital inicial, pela burocracia e alta tributação, o programa ainda não resolve estes dois últimos problemas que continuam sendo, na prática, o grande diferencial dos negócios brasileiros comparados aos dos demais países. Esses são os primeiros sinais de mudança em um país onde o empreendedorismo tecnológico ainda é relegado a segundo plano. Torçamos por transformações mais rápidas e eficazes e que um dia o Brasil seja visto como um pólo mundial, e como bom mineiro, que Minas esteja no centro de tudo isso. Para finalizar, segue abaixo o pitch do SEED no The Next Web Latin América, conferência que aconteceu esta semana em São Paulo:
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